No sense

Toda esta panóplia de blogs deixa de fazer sentido, agora que tenho um diário.

Turn the lights on, cause they are off

Veritas

"Who will be there
Cover when you fall
We're all chasing something
How come you never call"

Bless the day

Pain and destruction.
Light.
Feel the rain.
Forgive.
Treat yoursealf.
Bealive.
No one do it for you.
Try.
But i can't.
Stop.
There are no other way.
Lose.
Stay together.
Cry.
They ignore.
What can i do?
Live.
What?
Live.
Please.
Forget it.
Alright.


"Sem Remédio", de Florbela Espanca

Sem remédio

Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.

E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!

Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!

Florbela Espanca

"Em nome de um sonho, em nome de ti"

Se


Se me tirarem a utopia, o que sou eu?

"Por sinais perdidos espero em vão
Por tempos antigos, por uma canção
Ainda procuro, por quem não esqueci,
Por quem já não volta, por quem eu perdi."

Imagem


"O que fica atrás de nós e o que jaz à nossa frente têm muito pouca importância, comparado com o que há dentro de nós
."
Ralph Emerson

Time to

Página Pessoal

Estou a remodelar a minha página pessoal. Em actualização. joaocorreia.net

E esta, hein?


Recomendação

Tenham cuidado, muito cuidado, quando abrirem uma Ginger Ale...

Enfim...


Muito bom

O texto é de 1962 mas mantem toda a acuidade na actualidade. A ler...

Ezra Nawi

"Nunca campanha a que se associou a Jewish Voice for Peace, Naomi Klein, Neve Gordon e Noam Chomsky lançaram um apelo para que uma solidariedade internacional que evite a prisão de Ezra Nawi. Ezra, um judeu israelita de origem iraquiana e um activista dos direitos humanos, só cometeu um crime: tentou impedir a demolição de mais uma casa de beduínos palestinianos na região sul de Hebron, naquilo que é um roubo de terras organizado durante décadas por um Estado e tolerando por quase todo o Mundo. Podem juntar-se aqui à corrente de solidariedade. Podem também enviar o vosso protesto para a embaixada israelita em Portugal: info@lisbon.mfa.gov.il "

Via: Arrastão

Mal começo...

Mal começo a ler o Vasco e logo apanho com uma gralha, na página 9, de uma data. Se um livro de História tem datas erradas, será um bom livro de História? A ver vamos...

Dos motivos e razões que farão o meu pai ter vontade de me sovar!



Esta é a primeira... Candidatei-me, mais uma vez, aos exames nacionais. Ainda não sei se o futuro poderá trazer, ou não, uma nova licenciatura. No entanto, para despistar a ideia, daqui a uns tempos junto-me aos mais novos numa sala de aula da Secundária de Lousada para realizar a dita prova... A segunda razão é o novo livro de Vasco Pulido Valente, "Portugal - Ensaios de História e de Política", o qual vai de encontro com as recentes conversas com Sérgio Pinto e Samuel de Paiva Pires, ou seja, história da 1ª República e Liberalismo em Portugal.
Até arranjar outro mecenas, que não o Sr. Correia, ficam em lista de espera dois livros que prometem absorver-me por completo: "A utopia da morte", de John Gray e "O fim da pobreza", de Jeffrey Sachs.




O desafio foi lançado por Samuel Pires

Em plena época de exames, resolvi aderir à proposta feita por Samuel de Paiva Pires de responder a três questões, a saber: O que é o neo-liberalismo?, De quem é a culpa da crise financeira internacional e (A pergunta de João Miranda) Porque é que a crise do neo-liberalismo penalizou os partidos de esquerda?

Cumpre desde já salientar que não me vou debruçar sobre os meandros mais obscuros da economia, onde as divisões doutrinárias são tanto maiores quanto a divisão existente entre ideologias, religiões e abismos.

Assim, relativamente à primeira pergunta, deve dizer-se que o termo neo-liberalismo foi usado em épocas diferentes com diferentes sentidos mas, aquilo que nos importa da expressão, remete-nos para a década de 70 com o conhecido aumento do preço do petróleo e a crise económica que lhe esteve ligada. Podemos afirmar que o termo está, também ele, ligado à Escola Monetarista e, sobretudo, a Milton Friedman mas também pode ser reconduzível à Escola Austríaca, com a Lei de Say e a teoria marginalista. Há vária bibliografia sobre o tema e a história do desenvolvimento deste pensamento económico e político. Tratava-se de um “neo” ou novo liberalismo dada a adopção, por esta corrente, de algumas das máximas do período de pensamento liberal económico e político, abundante na Europa e também em Portugal no século XIX. Podemos obviar e sumarizar o que é, então o neo-liberalismo: uma corrente, política e económica, capitalista que defende a não intervenção dos Estados na Economia (nem sempre mas sobretudo) e propugna a existência de uma total liberdade nos mercados e nos seus agentes, como forma de progresso social e económico de um país.
Outros tópicos de consulta e análise: o colapso do sistema de Bretton Woods, Escola de Chicago, “Thatcherismo”, “Reaganismo”, corrente Walsariana, o óptimo de Pareto.

Os princípios básicos do neo-liberalismo assentam. Como já se referiu, na mínima participação estatal na economia (que, como se sabe, contém excepções), no mercado de trabalho, privatização de empresas estatais e abertura de mercado a empresas multinacionais, livre circulações de capitais, globalização e medidas anti-proteccionistas, diminuição do aparelho de Estado e melhoria, consequente, da sua eficiência, diminuição de impostos, regulação de preços apenas através da lei da oferta/procura, estabelecimento dos princípios sociais e económicos do capitalismo.

Não é difícil encontrar hoje países que adoptem este sistema económico. A própria EU, verdade seja dita, segue estas doutrinas, plasmadas nas suas políticas e nas suas intervenções. Como é óbvio, não serei ingénuo ao ponto de afirmar que a tendência neo-liberal é apenas económica… Infelizmente, economia e política têm andado demasiado juntas nas últimas décadas, pelo que as fronteiras do pensamento neo-liberal já há muito que passaram da economia para a política e, atrevo-me a dizer, para os valores e cultura das pessoas e da sociedade. Essa não é, todavia, uma análise para fazer neste texto mas, quiçá, noutra oportunidade e com outro convite.

Passo, então, à resposta à segunda pergunta: De quem é a culpa da crise financeira internacional?

Uma das fases do capitalismo, como se poderá ler em vários autores, é o chamado Capitalismo Financeiro, onde as grandes empresas e o sistema bancário tomam conta da economia, incrementam as actividades produtivas e, à mercê de deterem o poder económico, de tornam dominantes na sociedades. Imprescindíveis, direi! Esta fase, com um peso muito grande no hodierno da nossa sociedade, dará lugar, como se sabe, ao Capitalismo Informacional, que já palmilha o actual modelo económico e de desenvolvimento, alicerçado na Sociedade de Informação e do Conhecimento mas mantendo, o seu forte pendor financeiro e industrial.
Um pouco por todo o mundo, muitos foram os que desenvolveram este pendor neo-liberal e o procuraram desenvolver até ao limite. Creio que um exemplo, que será unânime, é o das políticas seguidas pelo anterior presidente dos EUA, George Bush. No entanto, responder a esta pergunta, como já saberia quem a colocou não é fácil… E não é porque, quando um modelo de pensamento, económico e político, se propaga, difunde e impregna, numerosos passam a ser os agentes que o desenvolvem, na maioria das vezes sem essa consciência. Aliás, não é por acaso que as grandes empresas já passaram a contratar antropólogos para estudar as pessoas e os mercados… As atitudes, as características, as fraquezas e as vantagens, o pensamento deste tipo de correntes, impregna-se facilmente na pessoa porque, quer se queira quer não, elas estão presentes no mais ínfimo pormenor do quotidiano, desde a televisão a que assistimos em família, ao jornal que lemos ou à t-shirt que compramos.

Concluo, pois que, como num vírus (leia-se aliás o brilhante livro de Malcolm Gladwell intitulado “A Chave do Sucesso”), a culpa da actual crise financeira é de todos nós.

Passo a explicar. O neo-liberalismo propugna ideias e valores que nada têm a ver com solidariedade, sustentabilidade, apoio, e tantos outros fenómenos que são basilares da sociedade e que têm uma fonte, mais recente, na moral católica. Ao contrário, aquilo que o neo-liberalismo vem apelar é a valores diferentes, menos sociais e mais individualistas, como o dinheiro, o hedonismo, o prazer individual, a estética e nada se aproximando a lógica de Mill que procurava ligar interesse/moral individual a interesse/moral altruísta ou social. Ou seja, a partir do momento que a sociedade e cada cidadão encarna este tipo de valores, é lógico que ele tem tendência para se extremar e, aquilo que se viu, foi a vitória da ganância sobre o ter. Um dos chamados epicentros da actual crise, pelo menos dos mais badalados, foram os produtos tóxicos dos EUA. Estes produtos, como se sabe, davam crédito às pessoas para a compra de casa, mesmo sabendo que estas estavam no limiar de não conseguir aguentar e assegurar o pagamento da dívida. Os próprios imóveis, garantias patrimoniais sobre as dívidas, estavam sobrevalorizados, razão pela qual, quando muitos dos devedores não conseguiram pagar os empréstimos, as dívidas se tornaram incobráveis… É que a lei da oferta e da procura também funcionou e as garantias patrimoniais, dentro deste mercado, não valiam aquilo que se afirmava valer. Todos estes activos, à luz do princípio globalizante do neo-liberalismo, já haviam sido vendidos e revendidos, entre instituições financeiras, à escala global. Ora, se isto não é culpa da ganância e dos valores que pretendem inculcar nas pessoas, então, é culpa do quê?

Posso, por fim, reconduzir, em último grau, a culpa desta crise, aos grandes líderes mundiais porque eles, como se sabe, implementam estas políticas, mercê do voto dos cidadãos. Se a culpa é de todos, então, por uma facilidade de linguagem e de sentido, mais fácil fica de dizer, em boa verdade, que a culpa é do neo-liberalismo, da corrente económica, social e política que actualmente grassa na maior parte dos países do mundo. E, já agora, aproveito para, a priori, suster uma crítica: porque é que o PS não actua de forma diferente? Eu gostaria que actuasse e marcasse a diferença, através da implementação de um verdadeiro socialismo democrático, de mercado livre, aberto ao mundo mas que privilegiasse as pessoas em detrimento da economia. Em primeiro lugar, Portugal está integrado numa Europa neo-liberal, onde a União Europeia, nesta corrente, tem um papel central. Em segundo, seria uma tarefa colossal alterar completamente esta lógica, muito fortemente enraizada na sociedade, e não sem levar com os poderes instalados, económicos e corporativistas. Aquilo que resta fazer será, por conseguinte, tentar aligeirar e combater as repercussões que o neo-liberalismo tem na sociedade e, penso que é o que se está a tentar fazer, com muito esforço, em Portugal.

Ainda ontem conversava ao jantar com uma das mais promissoras figuras do estudo da história religiosa nacional, Sérgio Pinto, e abordamos a complexidade desta matéria. A conclusão do jantar foi esta: porque é que os níveis de pobreza, ao longo do último século parecem permanecer inalterados e estagnados nos 20% da população? Vontade do povo ou vontade do capital? É que, por mais que diga, a existência de pobreza é tão certa e necessária no neo-liberalismo, como a certeza de que precisamos de água para sobreviver…

Por fim, a pergunta de João Mirando no seu Blasfémias: Porque é que a crise do neo-liberalismo penalizou os partidos de esquerda?

Mesmo sabendo que esta pergunta mais não é que uma ratoeira, atrever-me-ei a responder-lhe. São diversos os factores e tão abrangentes que apenas vou ressalvar os que considero principais.

Desde logo, em Portugal, apesar de ter ganho o PSD, não há uma viragem à direita, senão veja-se: PPS + CDS= 40.06% PS+CDU+BE= 47.96%. Isto sem contar com os restantes partidos, sem qualquer desprimor para com os mesmos.

Depois, as ofertas de direita são muito mais tentadoras nesta época: a questão da restrição da imigração, diminuição de impostos, etc…

Ainda, como “cartão amarelo” por terem os partidos de esquerda no poder defendido, em detrimento da economia real, os sistemas financeiros. A má comunicação das medidas tomadas e o reagir tardia, seja no governo seja na oposição.

Restam-me dizer duas coisas: o próprio Alan Greenspan disse: “enganei-me”. Quer em França, quer em Itália, não sei até que ponto há ou se manteve a viragem à direita… tanto Sarkozy como Berlusconi têm formas de liderança mais à custa da imagem que criaram ou fazem propalar (como faz o italiano) na comunicação social que detêm ou lhes é afecta. E só para provar e lançar a discussão, pense-se na história de vida de Berlusconi, as suas ligações à P2, os jogos de poder e os dinheiros envolvidos…

Agora, urge ir tentar remediar o tempo dispendido no estudo de Fiscal… Há um exame para fazer e…passar!

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Carl Brashear

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